Seus anéis eram de ferro imantado. Eles acreditavam que um imã tinha o poder de atrair o coração humano, órgão que representa o amor. Por isso tiveram a idéia de usar anéis após a celebração matrimonial, com a função de atrair o coração do companheiro para sempre. O imã, em formato de anel, era usado no dedo anular da mão esquerda, pois acreditava-se que ali havia uma veia ligada diretamente ao coração. Esse costume passou depois para os romanos e a Igreja manteve a tradição. No casamento judaico, as alianças são usadas no dedo indicador.
O termo aliança (bérith em hebraico) possui o sentido de compromisso ou de pacto, o anel nupcial. O anel serve essencialmente para indicar um elo, o signo de uma aliança, de um voto, a ambivalência desse símbolo provém do fato de que o anel une e isola ao mesmo tempo. É a expressão de um voto que confere ao anel seu valor sacramental. Poder-se-á observar ainda que, de acordo com a tradição, durante a celebração do casamento os noivos devem permutar entre si os anéis, uma dialética duplamente sutil e que exige que cada um dos cônjuges se torne, assim, amo e escravo um do outro. (Como a imagem do abade, substituto da divindade, a colocar o anel nupcial no dedo da noviça que, assim, se torna esposa mística de Deus, a serva do senhor.)
No cristianismo, o anel simboliza a união fiel, livremente aceita. Está ligada ao tempo e ao cosmo. O texto de Pitágoras que diz: "Não deveis colocar a imagem de Deus em vosso anel." Isso demonstra que não se devia associar Deus ao tempo.
Foi em 1549 no Livro de Orações Comuns que foi designada a mão esquerda como "mão do casamento", uma tradição reconhecida até hoje em todo o mundo.
Outro fato interessante é que até o século XIII não havia aliança de noivado ou compromisso. O Papa Inocente III declarou que deveria haver um período de espera que deveria ser observado entre o pedido de casamento e a realização da cerimônia matrimonial. É por isso que hoje existe um anel de noivado e depois a aliança de casamento. O primeiro anel de noivado de que se tem notícia foi aquele dado pelo Rei da Alemanha, Maximiliano I, a Maria de Burgundy em 1477.
Carlos / Ana Laura
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